segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Sem título


Essa obra foi feita por mim, Beatriz Luz, durante a única fase que tive como pintora até agora, onde tento representar a maneira como o ser humano molda-se no século XXI. Nada faz meus olhos brilharem mais do que as nuanças (quase imperceptíveis de tão rápidas) das cores em determinadas situações, como no crepúsculo ou na chuva. Eu sempre gostei de pintar e desenhar, por isso estudarei artes. Minha cor favorita é azul e tenho pavor de críticas.

Não gosto de explicar meus quadros e desenhos, sinto um mal estar sutil mas mortal ao fazê-lo. Uma vez que posso influenciar a interpretação de alguém perante ao que produzo. Mesmo que muitas obras sejam o reflexo de seu pintor, e mesmo que eu me enxergue ao olhá-las, quero que as pessoas sejam capazes de enxergar a si mesmas

Tecnicamente esse quadro não é nada rebuscado, sem aplicação de luz e sombra, sem precisão, sem suavidade. O quadro é propositalmente cru. Cru, uma palavra tão oposta no que se refere a significação da obra. Pois todas as cores, traços (e ausência deles), órgãos (e ausência deles), são medidas intencionais. 

Foi o quadro mais rápido que eu já fiz, mas tenho um carinho enorme por ele. Através dele, percebi que a minha arte poderia significar algo para alguém, além de mim mesma (como no episódio de uma moça desconhecida que chorou ao analisá-lo).

Ele é o melhor espelho que eu poderia criar

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